Meu próprio padrão

21/07/2021

Eu não quero viver sufocada por padrões de Barbie ou qualquer outro. Quero ser o meu próprio padrão.

Cansei de relações baseadas na libido disfarçada, no desejo sexual camuflado, na troca cruel da alma pelo corpo. Meu corpo nunca esteve disponível como mercadoria barata para saciar desejos de terceiros e depois ser descartado.

Minha alma não está posta e nem aberta para ser desprezada e ferida. Não quero mais endeusar um corpo cadáver, vazio, inanimado.

É o meu corpo que lhes interessa? Ei-lo aí! Olhem-no até a exaustão. Quiçá comecem a enxergar o mais precioso que nele habita: eu ser, eu alma.

Aos que deixaram de me seguir por se depararem com meu corpo nu, só lamento que vendo não consigam enxergar o que realmente importa.

Espaço Natura Digital Halicia Ales